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PROJETO: ALÉM DO HORIZONTE... O QUE HÁ DENTRO E FORA DO POTE DA CRECHE ESCOLA ARCO-ÍRIS

O blog da Creche Escola Arco-Íris é um espaço para registro das atividades das crianças e professoras.
Espaço de descobertas onde as crianças aprendem o verdadeiro sabor do saber e as professoras educam cuidando e cuidam educando.
SEJAM BEM-VINDOS!!!!

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PROJETO: "ALÉM DO HORIZONTE... O QUE HÁ DENTRO E FORA DO POTE DA CRECHE ESCOLA ARCO-ÍRIS"

A CRECHE ESCOLA ARCO-ÍRIS FAZ A DIFERENÇA. PODE CRER!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Evolução do Desenho Infantil

A Evolução do Desenho Infantil
Descoberta de um Universo: A Evolução do Desenho Infantil
Autora: Thereza Bordoni

"Antes eu desenhava como Rafael,
mas precisei de toda uma existência
para aprender a desenhar como as crianças".
(Picasso)

Os primeiros estudos sobre a produção gráfica das crianças datam do final do século passado e estão fundados nas concepções psicológicas e estéticas de então. É a psicologia genética, inspirada pelo evolucionismo e pelo princípio do paralelismo da filogênese com a ontogênese que impõe o estudo científico do desenvolvimento mental da criança (Rioux, 1951).
As concepções de arte que permearam os primeiros estudos estavam calcadas em uma produção estética idealista e naturalista de representação da realidade. Sendo a habilidade técnica, portanto, uma fator prioritário. Foram poucos os pesquisadores que se ocuparam dos aspectos estéticos dos desenhos infantis.
Luquet (1927 - França) fala dos 'erros' e 'imperfeições' do desenho da criança que atribui a 'inabilidade' e 'falta de atenção', além de afirmar que existe uma tendência natural e voluntária da criança para o realismo.
Sully vê o desenho da criança como uma 'arte embrionária' onde não se deve entrever nenhum senso verdadeiramente artístico, porém, ele reconhece que a produção da criança contém um lado original e sugestivo. Sully afirma ainda que as crianças são mais simbolistas do que realistas em seus desenhos (Rioux, 1951).
São os psicólogos portanto, que no final do século XIX descobrem a originalidade dos desenhos infantis e publicam as primeiras 'notas' e 'observações' sobre o assunto. De certa forma eles transpõem para o domínio do grafismo a descoberta fundamental de Jean Jacques Rousseau sobre a maneira própria de ver e de pensar da criança.
As concepções relativas a infância modificaram-se progressivamente. A descoberta de leis próprias da psique infantil, a demonstração da originalidade de seu desenvolvimento, levaram a admitir a especificidade desse universo.
A maneira de encarar o desenho infantil evolui paralelamente.
Modo de expressão próprio da criança, o desenho constitui uma língua que possui vocabulário e sua sintaxe. Percebe-se que a criança faz uma relação próxima do desenho e a percepção pelo adulto. Ao prazer do gesto associa-se o prazer da inscrição, a satisfação de deixar a sua marca. Os primeiros rabiscos são quase sempre efetuados sobre livros e folhas aparentemente estimados pelo adulto, possessão simbólica do universo adulto tão estimado pela criança pequena.
Ao final do seu primeiro ano de vida, a criança já é capaz de manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos, fase conhecida como dos rabiscos ou garatujas ( termo utilizado por Viktor Lowenfeld para nomear os rabiscos produzidos pela criança).
O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas. Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. No decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam sobretudo o prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos. Na evolução da garatuja para o desenho de formas mais estruturadas, a criança desenvolve a intenção de elaborar imagens no fazer artístico. Começando com símbolos muito simples, ela passa a articulá-los no espaço bidimensional do papel, na areia, na parede ou em qualquer outra superfície. Passa também a constatar a regularidade nos desenhos presentes no meio ambiente e nos trabalhos aos quais ela tem acesso, incorporando esse conhecimento em suas próprias produções. No início, a criança trabalha sobre a hipótese de que o desenho serve para imprimir tudo o que ela sabe sobre o mundo. No decorrer da simbolização, a criança incorpora progressivamente regularidades ou códigos de representação das imagens do entorno, passando a considerar a hipótese de que o desenho serve para imprimir o que se vê.
É assim que, por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos.
O desenho está também intimamente ligado com o desenvolvimento da escrita. Parte atraente do universo adulto, dotada de prestigio por ser "secreta", a escrita exerce uma verdadeira fascinação sobre a criança, e isso bem antes de ela própria poder traçar verdadeiros signos. Muito cedo ela tenta imitar a escrita dos adultos. Porém, mais tarde, quando ingressa na escola verifica-se uma diminuição da produção gráfica, já que a escrita ( considerada mais importante) passa a ser concorrente do desenho.
O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio. Estes estágios definem maneiras de desenhar que são bastante similares em todas as crianças, apesar das diferenças individuais de temperamento e sensibilidade. Esta maneira de desenhar própria de cada idade varia, inclusive, muito pouco de cultura para cultura.
Luquet Distingue Quatro Estágios:
1- Realismo fortuito: começa por volta dos 2 anos e põe fim ao período chamado rabisco. A criança que começou por traçar signos sem desejo de representação descobre por acaso uma analogia com um objeto e passa a nomear seu desenho.
2- Realismo fracassado: Geralmente entre 3 e 4 anos tendo descoberto a identidade forma-objeto, a criança procura reproduzir esta forma.
3- Realismo intelectual: estendendo-se dos 4 aos 10-12 anos, caracteriza-se pelo fato que a criança desenha do objeto não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nesta fase ela mistura diversos pontos de vista ( perspectivas ).
4- Realismo visual: É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa às suas leis, daí um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que tende a se juntar as produções adultas.
Marthe Berson distingue três estágios do rabisco:
1 - Estágio vegetativo motor: por volta dos 18 meses, o traçado e mais ou menos arredondado, conexo ou alongado e o lápis não sai da folha formando turbilhões.
2 - Estágio representativo: entre dois e 3 anos, caracteriza-se pelo aparecimento de formas isoladas, a criança passa do traço continuo para o traço descontinuo, pode haver comentário verbal do desenho.
3 - Estágio comunicativo: começa entre 3 e 4 anos, se traduz por uma vontade de escrever e de comunicar-se com outros. Traçado em forma de dentes de serra, que procura reproduzir a escrita dos adultos.
Em Uma Análise Piagetiana, temos:
1 - Garatuja: Faz parte da fase sensório motora ( 0 a 2 anos) e parte da fase pré-operacional (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer nesta fase. A figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente. Pode ser dividida em:
• Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Com relação a expressão, vemos a imitação "eu imito, porém não represento". Ainda é um exercício.

• Ordenada: movimentos longitudinais e circulares; coordenação viso-motora. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, pois aqui existe a exploração do traçado; interesse pelas formas (Diagrama).
Aqui a expressão é o jogo simbólico: "eu represento sozinho". O símbolo já existe. Identificada: mudança de movimentos; formas irreconhecíveis com significado; atribui nomes, conta histórias. A figura humana pode aparecer de maneira imaginária, aparecem sóis, radiais e mandalas. A expressão também é o jogo simbólico.
2 - Pré- Esquematismo: Dentro da fase pré-operatória, aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente, não relaciona entre si. Então aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido à vínculos emocionais. A figura humana, torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. Quanto a utilização das cores, pode usar, mas não há relação ainda com a realidade, dependerá do interesse emocional. Dentro da expressão, o jogo simbólico aparece como: "nós representamos juntos".
3 - Esquematismo: Faz parte da fase das operações concretas (7 a 10 anos).Esquemas representativos, afirmação de si mediante repetição flexível do esquema; experiências novas são expressas pelo desvio do esquema. Quanto ao espaço, é o primeiro conceito definido de espaço: linha de base. Já tem um conceito definido quanto a figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aqui existe a descoberta das relações quanto a cor; cor-objeto, podendo haver um desvio do esquema de cor expressa por experiência emocional. Aparece na expressão o jogo simbólico coletivo ou jogo dramático e a regra.
4 - Realismo: Também faz parte da fase das operações concretas, mas já no final desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional. Tanto no Esquematismo como no Realismo, o jogo simbólico é coletivo, jogo dramático e regras existiram.
5 - Pseudo Naturalismo: Estamos na fase das operações abstratas (10 anos em diante)É o fim da arte como atividade expontânea. Inicia a investigação de sua própria personalidade. Aparece aqui dois tipos de tendência: visual (realismo, objetividade); háptico ( expressão subjetividade) No espaço já apresenta a profundidade ou a preocupação com experiências emocionais (espaço subjetivo). Na figura humana as características sexuais são exageradas, presença das articulações e proporções. A consciência visual (realismo) ou acentuação da expressão, também fazem parte deste período. Uma maior conscientização no uso da cor, podendo ser objetiva ou subjetiva. A expressão aparece como: "eu represento e você vê" Aqui estão presentes o exercício, símbolo e a regra.
E ainda alguns psicólogos e pedagogos, em uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referencias:
• De 1 a 3 anos
É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.
• De 3 a 4 anos

Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco.
• De 4 a 5 anos

É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.
• De 5 a 6 anos

Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.
• De 7 a 8 anos

O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância. Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se acham que seus trabalhos não ficam bonitos.
Como podemos perceber o linha de evolução é similar mudando com maior ênfase o enfoque em alguns aspectos. O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações.
Para tentarmos entender melhor o universo infantil muitas vezes buscamos interpretar os seus desenhos, devemos porem lembrar que a interpretação de um desenho isolada do contexto em que foi elaborado não faz sentido.
É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes, que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de outros e também que sugira a criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que possamos ajudá-la a nutrisse de informações e enriquecer o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos.
Enfim, o desenho infantil é um universo cheio de mundos a serem explorados.

Copiado do http://dani-brincandoeaprendendo.blogspot.com/

domingo, 15 de maio de 2011

Vídeo do projeto "Além do horizonte... O que há dentro e fora do pote da Creche Escola Arco-Íris"



Projeto    “Além do Horizonte...  O que há dentro e fora do pote do arco-íris”


2010

“... além do horizonte deve ter algum lugar bonito pra viver em paz...” (Roberto Carlos)


PROJETO – EDUCAÇÃO INFANTIL


1 – TÍTULO


ALÉM DO HORIZONTE... O QUE HÁ DENTRO E FORA DO POTE DO ARCO-ÍRIS


2 - AGENTES RESPONSÁVEIS


Corpo Docente


Direção


3 - EIXOS

Corpo e Movimento


Identidade e Autonomia


Linguagens artísticas


Linguagem matemática


Linguagem oral e escrita


Natureza e Sociedade

4 – PARTICIPANTES

Corpo Docente


Corpo Discente


Direção


Apoio



5 – PERÍODO


Abril a Agosto de 2010


6 – APRESENTAÇÃO


Localizada em um bairro periférico do município de Santo Antônio de Pádua, a Escola vem desenvolvendo um trabalho voltado para atividades socioeducativas, atendendo a um público de 72 alunos; um número considerável de crianças, na sua maioria necessitando de cuidados especiais mediante o déficit social vivido. O espaço físico da escola está distribuído entre uma secretaria, quatro salas de aula, quatro banheiros, um pátio, um refeitório, uma sala multimeios, além de uma equipe de trabalho voltada para o favorecimento das ações de forma efetiva, real e comprometida com o desenvolvimento do público apresentado.


7 – JUSTIFICATIVA


A Escola se tornaria ineficiente e vazia se não cumprisse em sua totalidade o papel social dentro da comunidade em que está inserida. Além de educar tem como compromisso resgatar valores adormecidos na consciência humana. Existe uma lenda que diz: “... no fim do arco-íris existe um pote com um grande tesouro”. Considerando que este tesouro realmente exista, e que muitos da clientela apresentam um comportamento que traduz a realidade do contexto em que vivem, o projeto pretende junto aos professores, funcionários alunos e comunidade local descobri-lo, inserindo dentro e fora dos muros escolares ações que visem a valorização das diferenças e a vivência da ludicidade como formas efetivas de aprendizagem, acreditando na criança como ser único e singular. Isso leva-nos a acreditar que é possível o social acontecer na medida em que o processo interativo comunidade escolar/comunidade local aconteça, numa releitura constante de suas necessidades favoráveis a uma Educação Infantil de qualidade. Para tanto se faz necessário refletir no momento atual, fortalecendo e renovando as crenças, e inserindo no processo educacional, ações e valores que possibilitem a formação integral de nossos alunos. Dentro deste contexto de favorecimento da Educação Infantil, surge o projeto Além do horizonte..., voltado não só para o sonho como também para a realização desta etapa da Educação Básica, reconhecendo–a não só como direito da criança, das mães e dos pais trabalhadores e da comunidade em geral, como também um dever do Estado.


8 – OBJETIVOS

• OBJETIVO GERAL



Favorecer as relações interpessoais dentro e fora do contexto institucional, numa valorização da diversidade apresentada, oportunizando vivências lúdicas num processo formativo de efetivação da aprendizagem, voltado para os desenvolvimentos físico, mental, psicomotor, socializador e de valorização da subjetividade com vistas à coletividade.


• OBJETIVOS ESPECÍFICOS



*Favorecer o processo interativo Escola/Comunidade com vistas à efetivação de um trabalho comprometido com o seu tempo.


*Atuar com autonomia respeitando e estabelecendo relações afetivas grupais.


*Favorecer a resolução de conflitos num controle à impulsividade na busca por soluções pacíficas de forma individual/coletiva.


*Favorecer as relações interpessoais dentro e fora do contexto institucional como forma de valorização das diferenças, através de momentos de interação institucional e comunitária.


*Contextualizar as ações do projeto com conteúdos pertinentes aos períodos específicos.


*Elaborar atividades variadas diariamente envolvendo (história, artes, psicomotricidade, leitura, escrita, dentre outros).


09 – EIXOS NORTEADORES


• Relações Interpessoais


• Autoestima


• Valores


• Diversidade


• Informação / Aprendizagem


10 - PÚBLICO ALVO


• Todas as crianças devidamente matriculadas na Escola em todas as etapas da Educação Infantil.



11 – METODOLOGIA DE TRABALHO

• Reunião de professores


• Reunião de pais


• Contação de histórias (livros paradidáticos, lenda, história bíblica)


• Vídeo


• Músicas


• Pintura com tinta guache


• Experiências


• Passeios no bairro


• Modelagem com argila


• Colagem com materiais diversos.


• Apresentação de um musical pelos alunos aos familiares e comunidade local. (Músicas utilizadas no projeto)



12 – AVALIAÇÃO


• A avaliação far-se-á mediante registro diário das atividades propostas, observação da mudança gerada no comportamento dos alunos, como também do retorno proporcionado pelas atividades do projeto como forma de melhoria da qualidade de vida e de efetivação da cidadania.


13 – ETAPAS

- A ideia do projeto surgiu de uma problematização. Observamos que as crianças reagiam de forma muito impulsiva e agressiva nas relações interpessoais. Um olhar diferente do outro já era motivo para uma agressão física ou verbal. A direção e os professores discutiram o assunto e vimos que algo deveria ser feito e dessa situação surgiu o projeto “Além do horizonte... o que há dentro e fora do pote do arco-íris”. O projeto teve início com os professores e funcionários em uma reunião no dia 16 de abril de 2010, com uma dinamização ao som da música “Além do Horizonte” de Roberto Carlos, quando foi levantada a questão “o que pode haver dentro e fora do pote do Arco-Íris” e sugestões de ações a serem desenvolvidas.


- Em 26/04/10, foi realizada a abertura do projeto com os alunos ouvindo a história da Arca de Noé, dando ênfase ao pacto de Deus com os homens e fazendo uma analogia com os combinados da sala de aula. Esse momento foi oportuno para trabalhar quantidades, as cores do Arco-Íris e as diferenças entre as pessoas. As crianças participaram da história apresentando as cores do arco-íris através de folhas de papéis variados.


- No dia 27/04/10, dando continuidade ao projeto, contamos a lenda do Arco-Íris e seu pote de ouro e o aluno C. participou como personagem da lenda. Contamos aos alunos que nós também podemos ter nosso pote e que nele pode ter coisas boas. Perguntamos o que poderia ter no nosso pote. As palavras surgiram entre os alunos e as professoras iam escrevendo e colocando-as no pote. Também foi discutido o que não era legal e que não poderia ir para o pote. Os alunos foram dando os exemplos e novamente as professoras escreveram, sendo que essas palavras foram colocadas em uma lixeira. Nesse dia, os alunos fizeram a lavagem do pote do tesouro e pintaram com tinta guache.


- No dia 28/04/10, os alunos assistiram ao vídeo “Arca de Noé – Diante do Trono” e fizeram a experiência de visualizar o arco-íris com um copo com água contra o sol na parede branca. Depois da experiência eles procuravam observar o reflexo do sol em todos os lugares na intenção de visualizar o arco-íris.


- O projeto foi apresentado aos pais na reunião do dia 14 de maio de 2010.


- Continuamos no mês de Maio com a confecção do pote, da lixeira, do arco-íris e das palavras; todos esses foram colocados nas salas de aula. Sempre que alguém agia de acordo com as palavras da lixeira, as crianças lembravam que se estava na lixeira não era bom fazer.


- No dia 03/05/10, foi realizada a pintura do painel do projeto, carimbando as mãos dos alunos, professores e funcionários e alguns membros da comunidade, sempre enaltecendo as diferenças das cores e sua harmonia na composição do arco-íris, relacionando com a diversidade existente em nossa Escola. O painel foi finalizado em 28/05/10 e colocado em frente à Escola.


- No dia 19/05/10, contextualizando o projeto com a Semana da Alimentação, as professoras e as crianças tiveram a ajuda das merendeiras da escola para fazerem o Bolo Arco-Íris, em que foi utilizada anilina das sete cores.


- No dia 01 de junho, as crianças realizaram uma atividade muito prazerosa e enriquecedora. Colocaram literalmente a mão na massa ao confeccionarem seus potes com argila. Foi um momento de grande alegria para todos. Depois de todos os potes prontos, as crianças realizaram a pintura com tinta guache. Ainda no mês de junho os alunos do Pré II escreveram as palavrinhas escolhidas por eles para serem colocadas em seus potinhos e levaram às outras salas para serem compartilhadas por todos da escola.


- Em julho as professoras lembraram aos alunos a história do pote e seu tesouro, reforçando que eles são crianças boas, que aprenderam que as ações da lixeira não eram legais e dessa forma o nome deles e das professoras também deveriam ir para o pote. Houve mudança!


- Na volta às aulas, as professoras iniciaram suas atividades recontando a história da “Arca de Noé” e a “Lenda do Arco-Íris”, relembrando as palavras do pote e da lixeira. Foi necessário para relembrar o projeto e também porque muitos voltaram às aulas com hábitos antigos. (Replanejando as ações)


- Dia 18/08/10, foi contada a história “Com licença”, iniciando um trabalho sobre a convivência e o respeito, e dando continuidade no dia 23/08, com a história “Pinote, o fracote e Janjão, o fortão”. (Essa foi a história preferida das crianças e na roda de conversa alguém sempre queria recontar para os colegas.) Na seqüência foi entregue para cada turma uma figura grande em preto e branco de personagens com plaquinhas COM LICENÇA, POR FAVOR, DESCULPE-ME, OBRIGADO, para realizarem colagem, pintura, etc., para a realização da passeata dentro e fora da escola, resgatando os valores para a boa convivência. A passeata foi realizada no dia 26/08 quando as crianças e professoras visitaram a loja DANKAS, o Mercado, uma lojinha e o Posto de Saúde. Cantaram e contaram o porquê da passeata.


Durante o projeto várias histórias foram contadas pelos professores relacionadas com o tema e registradas na referência bibliográfica.


14 – AUTOAVALIAÇÃO


Durante a execução do projeto foram feitos reajustes de acordo com a necessidade dos alunos, acrescentando e suprimindo ações. Houve interação entre direção, professores, apoio e alunos com a finalidade de que todas as etapas pudessem ser cumpridas. Dentre muitas situações vivenciadas no decorrer do projeto como mostra de sucesso temos como exemplo um diálogo na turma do Pré II entre a professora e um aluno.


Ao observar que o comportamento do aluno W. estava mudado (estava mais falante, tomando frente das situações) a professora perguntou para as crianças.


Professora: _ Crianças, o que está acontecendo com W. Ele era tão quieto, calado.


Aluno D.(comportamento anterior agressivo, destruía as atividades coletivas e individuais, xingava e batia) _ Sabe o que é tia? Quando “nós era” bravo ele tinha medo. Agora que “nós não é” bravo ele fica assim.


Nesse momento veio a certeza que estávamos colhendo os frutos do projeto.


Diante desse diálogo pudemos observar que da boca dos inocentes que anteriormente saiam palavras (xingamentos) que não sabiam o significado, agora dos mesmos inocentes ouvíamos palavras com significados para nós e principalmente para eles.


Os objetivos foram alcançados e mesmo com as mudanças ocorridas a escola dará continuidade ao projeto.




15 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.


Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF, 1998.


CARLOS, Roberto. Além do horizonte


DIANTE DO TRONO - Vídeo Arca de Noé


GENTILI, P. ALENCAR, C. Educar na esperança em tempos de desencanto. Petrópolis: Vozes, 2002.


IACOCCA. Liliana, Clact... Clact... Clact... São Paulo: Ática.


INTERNET – Lenda do Arco-Íris


LEGRAND. O valor da ética. Belo Horizonte: Soler, 2007.


LOPES e LINHARES, Fernanda e Alcy. Pinote, o fracote e Janjão, o fortão. São Paulo: Ática, 1980.


MALLINOS, Jennifer Moore. As cores do arco-íris. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.


MOSES, Brian. “Com licença?”: aprendendo sobre convivência. São Paulo: Scipione, 1999.


____________. “Não fui eu!”: aprendendo sobre honestidade. São Paulo: Scipione, 1999.


PERRENOUD, Philippe – Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre, Artmed, 2001.


PORTES, L. Escola, pra quem? Para que? Rio de Janeiro: Revista Mediação, 1999.


RAMOS, Rossana. Passos para a inclusão. São Paulo: Cortez, 2005.


RIKKERS e SYSWERDA, Doris e Jean E. A Bíblia Junior – Historinha para crianças. São Paulo: Mundo Cristão, 1995.


ZIRALDO, Flicts. São Paulo: Primor, 1976.